Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O tempo passa e eles crescem... Que bom!

Mais um ano passou e agora meus meninos tem 5 ( e meio) e 8 anos.
Eles crescem. É inevitável e desejável. E a grande beleza da maternidade é contribuir e acompanhar essa transformação.

É como se mãe e pai andassem na cola do destino, sussurrando em seu ouvido desejos de vida boa para os filhos. Isso tudo com a certeza confortadora de que podemos interferir no que virá.

Caminhando de mãos dadas com o acaso e driblando os imprevistos vamos acompanhando as mudanças de cada dia.
Antes comemorávamos orgulhosos e com o peito cheio de satisfação os primeiros “mama” e “papa” e agora repreendemos com olhar surpreso os primeiros “caralho” e “porra” na mesa de jantar. 

-       Onde você aprendeu isso? Perguntamos horrorizados.

Aprenderam por aí. No mundo.  Que muito graças ao nosso esforço eles estão podendo vivenciar, degustar e absorver. Agora vamos ajuda-los a peneirar, selecionar e dividir o que querem para si e o que querem deixar longe. Guiar para as boas escolhas ( que nem sempre serão tomadas).

Tentando fazer do exemplo um aliado e contando sempre com a amiga sorte, seguimos em frente. A persistência deve ser companheira mas infelizmente tem o cansaço como vizinho quase sempre presente. E seguimos.

Não me entristece o tempo que passa. Que bom que ele passa e nós persistimos. Nossos filhos crescem e vão colocando na bagagem dias bons, experiências, aprendizado, decepções...  

Eles crescem e isso é fantástico. Acho massa dividir minhas Havaianas com o André. A família toda na rede já começa a ficar arriscado e isso deve ser motivo de gargalhada e satisfação.

Um pouco de nostalgia faz parte. Saudade de quando eram pequenos é saudade boa. Sinal que o que vivemos foi maravilhoso e deve ser recordado com prazer mas nunca ofuscar o presente.

Bom mesmo é olhar para nossos meninos agora, do jeitinho que eles estão. Se tiverem com um sorriso no rosto é melhor ainda.

Eles crescem mas nós não os perdemos, eles só estão em versão ampliada. Ainda vale o abraço, a manha, o dengo. Sempre valerá.


Que venha mais um ano bom e que nossos meninos continuem crescendo e sendo felizes.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Choro


- Não gosto de choro sem motivo!

Essa frase sai com frequência da minha boca. 

Tento ensinar os meninos a se comunicarem com palavras, a falarem o que sentem e a serem transparentes com seus sentimentos.

Pois é... Esse é um daqueles dilemas da maternidade: educar e ensinar. Ensinar até o que não sabemos.

Todo mundo tem suas limitação e dizer o que realmente quero e sinto é a minha. Guardo sentimentos bem guardados. E como um bom coração de mãe, o meu abriga todo tipo de coisa sentida, não falada e engasgada. E sempre caba mais...

Seja para não magoar a outra pessoa, para evitar conflito ou para fugir de uma conversa que não quero e nem sei ter, eu calo. Calo muitas vezes também por achar que simplesmente não tem jeito, não adianta ou não vale a pena.

Assim evito o conflito com o outro, mas a mim cabe arrastar sentimentos negados, sapos engolidos e palavras abortadas. Sempre vivi assim e venho sobrevivendo. Mas não desejo isso para os meus filhos.

Prefiro que sentimentos sejam como livros. A gente lê, sente, aprende e depois repassa, reconta e empresta. Devemos guardar apenas os que nos são tão queridos a ponto de  não conseguimos nos desfazer . Mas claro, contamos para todos que lemos.

Infelizmente, por enquanto só espalho livros por ai. Os sentimentos permanecem guardados. E vou sentindo, calando e guardando. Estante cheia de coisas vividas que arranharam de alguma forma a alma.

Não sou vingativa. Acredito que perder tempo com vingança é bobagem. Como acredito que o destino é sábio e infalível, deixo, então, a vingança por conta dele. Livro-me da vingança mas não do choro.

Não digam aos meus filhos que choro sem motivo. Vivo fazendo isso. Na verdade, motivo deve ter, só que devo ter escondido tão bem que não acho mais. Talvez por isso deseje tanto uma cerveja gelada às vezes. Ela me ajuda a acha-los.

Tenho vontade de chorar e algumas vezes consigo. Pela manhã, ao deixar os meninos na escola, quando dispo-me um pouco da maternidade. Depois do Pilates quando o corpo se compadece da alma e também cansa. Quando tomo um banho morno e relaxo, rompendo a vigília e abrindo os portões.

Choro e algumas vezes faço um exercício de descobrir o porquê. Outras vezes, a maioria, só choro.

Às vezes me dá uma vontade danada de falar, abrir o berreiro e dizer o que realmente me incomoda. Fogo de palha! Tenho diálogos inteiros no engarrafamento comigo mesma. Eu falo, falo, falo... Ufa, pronto, falei.

Dia desses fui falar. Respirei fundo e disse o que estava sentindo. Não deu muito certo. Remorso por ter agredido meus amigos com meus sentimentos, mas principalmente por ter traído a mim mesma. Aquela não era eu.

Eu ficaria emburrada, meio distante e calada por alguns dias. Tempo necessário para eu esconder direitinho o sentimento. Esconder daquele jeito que nem eu encontro mais. Mas nesse dia inventei de falar.

Falei tão desengonçada que nem me reconheci. Falta de prática, de treino e de habilidade. Não sei falar o que sinto e não tenho o menor orgulho disso. Nem sei falar e nem sei a hora certa.

Mas sei, depois de muito treino, guardar as palavras que deveria ter dito e depois deixa-las escorrer em lágrimas. Alguns, ao me verem chorar, lerão livros inteiros. Esses são os que amo. Amor esse que não escodo e exibo com orgulho.

Torço para que os meus meninos chorem quando adultos e que existam muitos ao redor para lê-los e abraça-los. Mas que, muito além disso, eles digam com clareza e ao seu tempo o que sentem. Digam em alto e bom tom para que os desconhecidos, os ainda iletrados, saibam e possam compreende-los melhor.

Isso, com certeza, tornará a vida mais leve.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Tem muito nome de gente ( em uma família querida)


Essa musica é a cara da minha infância por fazer parte de um CD que escutávamos bastante. "Adivinha o que é" do MPB4 é um CD maravilhoso. Ele está na lista dos nossos CDs infantis favoritos que você pode conferir aqui . Agora ele também tem uma versão em DVD com clips bem divertidos.

Nós aproveitamos a música e fizemos uma homenagem a nossa família nesse Natal. Substituimos os nomes originais por nomes dos nossos familiares e criamos uma versao bem bacana. Os meninos se divertiram criando e cantando a "nova " música.

Procuramos os significados dos nomes  fazendo uma busca rápida no google e adaptamos à música original tentando criar uma rima. O processo foi bem divertido. Fábio e eu colocamos a mão na massa e os meninos ficaram se divertindo com o resultado. Eles sempre reclamavam que os nomes deles não apareciam na música. Pronto! Agora aparecem rsrsrs

Que tal você criar uma versão para a sua família? Ótima atividade de fim de ano para reunir todo mundo e fazer algo diferente.


Tem muito nome de gente
Muito significado
Raul que é prudente
João, o agraciado

Cleto, eleito presidente
Tibério é ajustado
Tem muito nome de gente
Muito significado

Ataulfo é nobre-lobo
Almir, nobre expoente
Armando, militar
Arlindo, águia e serpente
Fabio que é um feijão
Leonardo é leão forte
Catulo, pequeno cão
Bernardo é urso forte.

Ines quer dizer que é casta
Cecília, sabia leitora
Ana, cheia de graça
Carol, encantadora
Marina é marinheira
Clara, brilhante estrela
No meio de tantas belas
É Vera que é verdadeira

O André e o Igor
Nasceram dos mesmos pais
Mas um diz que é guerreiro
O outro, principe da paz
Da voz bela tem Vinícius
Carinhosa tem a Lina
Melissa por que dá mel
Tem nome de toda sina


Tem muito nome e a gente
Cantou somente um bocado
É muito nome de gente
Prum verso de pé quebrado
A gente fica contente
Se ninguém ficar zangado
Se nesse quase repente
Seu nome não foi cantado