Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

QUASE perfeito.


Mariana é mãe de Julia de 2 ano. Durante sua gravidez, preparou-se bastante para a maternidade. Leu livros, fez cursos e manteve hábitos saudáveis.

Mariana fez questão de tentar um parto vaginal. E com o apoio do seu médico e de uma equipe multidisciplinar Julia nasceu bem de uma parto normal sem intercorrências.

A amamentação exclusiva até os seis meses era coisa de que Mariana não abria mão. E embora as primeiras semanas tivessem sido bem atribuladas, com a ajuda de especialistas em amamentação, Mariana conseguiu seu objetivo. 

Em casa, Mariana sempre foi muito cuidadosa. A segurança do bebê era prioridade. Tinha atenção especial para a higiene. Mantinha álcool gel sempre a mão e orientava  todos quanto a importância de lavar sempre as mãos.

Mariana voltou a  trabalhar ao fim da licença maternidade porém optou por ajustar seu regime de trabalho e ter horários mais flexíveis, assim poderia dedicar mais tempo a filha.

Julia era uma criança alegre e saudável. Aproveitava bastante os passeios com a mãe que fazia questão de levar a filha a programas infantis de qualidade. Mariana lia todas as noites para Julia dormir e evitava televisão em excesso.

Para maior conveniência, Mariana escolheu uma escola para Julia perto da sua casa. Assim ela poderia participar mais ativamente da educação formal da filha em parceria com a escola.

Por insistência da filha e por acreditar que a convivência com animais é extremamente saudável para as crianças, Mariana adotou um cachorro. Jujuba, uma cadelinha de porte médio, tornou-se a grande companheira de Júlia.

A preocupação com a saúde da Julia mantinha Mariana sempre atenta aos cuidados com Jujuba. A cadela tinha calendário vacinal em dia e tomava banhos regulares na clínica veterinária.

Mariana esforçava-se para chegar cedo do trabalho e fazer o programa predileto da Julia: passear com a Jujuba. Para manter a cadela sempre limpa, Mariana colocava meinhas nas patas dela antes de saírem para a rua. Julia achava aquilo muito divertido.

Como moravam perto do parque do Cocó, os passeios eram bem agradáveis. Mariana aproveitava para conversar com a filha e matar as saudades depois de um longo dia de trabalho. Julia usufruía da liberdade de um passeio fora dos muros do prédio e Jujuba  garantia sua “ida ao banheiro”.

Jujuba defecava na calçada com a naturalidade própria dos animais. Julia ignorava o fato com a distração própria das crianças e Mariana não recolhia as fezes do seu cachorro com a má educação que é peculiar de grande parte da nossa população.

Oh Mariana... Você estava indo tão bem...

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Call for help


Sempre fui boa em matemática. Desde pequenininha. Papai dizia que eu iria ser dona de bodega. Não precisava de muita coisa, bastava disposição e fazer conta ligeiro para passar o troco.

Minhas notas em português na escola eram as mais baixas. Odiava ler, tirando raras exceções de livros que me cativavam por algum motivo especial. Em interpretação de texto eu era uma negação. Gostava mesmo era de escutar Legião Urbana e entender das letras o que o meu coração mandasse.

Fui fazer medicina para completar meu destino. Dizem que médico escreve mal, errado e feio. Pronto, eu estava no lugar certo. 

Acontece que eu queria escrever! Queria contar coisas. Queria espalhar notícias boas e reclamar do que eu achava ruim. Precisou um bom tempo para eu livrar-me do estigma da falta de talento para a escrita. Mas consegui. Veio o blog, vieram os textos e já se foram 4 anos.

Mas faltava alguma coisa...

Já sei! Livros infantis! Que legal! Criar e escrever estorinhas para as crianças. Conta-las será um barato. Meus meninos vão adorar! Tomara que os filhos dos outros gostem também. ( rsrs)

Continua faltando alguma coisa...

Bingo! Ajudar crianças carentes. Isso! Escrevo estórias, consigo ilustradores voluntários, consigo patrocínio para impressão dos livros, vendo os livros com a ajuda dos amigos e o dinheiro que conseguirmos doamos para instituições de apoio à criança carente. Que tal?

Parece difícil e trabalhoso, mas deu certo!

Esse foi o Projeto Lições Ilustradas. Com  os livrinhos Em cada canto uma cor, Terra pra toda gente e As três pontas do triângulo recebendo os traços dos ilustradores Paulo Brandão, Fernando Lima e Luci e o apoio financeiro da Mota Machado, Casa Freitas, Freitas Varejo e Laboratório Argos conseguimos arrecadar mais de doze mil reais. O lar amigos de Jesus, a escola Ranha da Paz e a Associação Sol Nascente agradeceram as doações!

Recarregadas as baterias, vamos para a segunda edição do projeto. Novas histórias, mais crianças para ajudar e uma vontade enorme de multiplicar leitores! Vamos nessa?

Saindo do forno!
Já temos um livrinho saindo do forno: O bicho mais corajoso do mundo recebeu as cores de Marcos Machado e o patrocínio da Quimioclinic. Tem mais um livro ganhando vida nas mãos de Renato Lima e esperando apoio financeiro para impressão. E como aqui a fantasia não acaba nem fica pouca,  ainda temos uma estória cheia de magia com a Bruxinha e o Lobisomem esperando mãos talentosas para ilustrá-la e uma empresa comprometida para patrociná-la.

Não sabe desenhar nem tem dinheiro mas está com vontade de ajudar? Compartilhe esse post e converse com amigos sobre o projeto Lições ilustradas. Muito mais do que produzir livros infantis, nós fabricamos finais felizes. Cada livrinho patrocinado é mais uma criança que lê uma história  e mais meninos e meninas que ganham escola de qualidade, alimentação saudável, cuidados e carinho.

O Folga da babá também procura parceiros para o projeto. Se você tem uma empresa que já possui um projeto social ou já apoia alguma instituição ligada à infância, nós podemos nos ajudar!  Nós visitamos o seu projeto social, conversamos e estabelecemos a parceria. Você confia no nosso trabalho, patrocina um livrinho infantil e nós conseguimos duplicar o valor do patrocínio com a venda dos livrinhos e devolvemos para o seu projeto social. E de quebra, promovemos o gosto pela leitura e o apego aos livros em crianças e adultos. Topa?

E vamos lá trabalhar e transformar histórias.

Conto com o apoio de todos para a divulgação deste projeto.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Tem novidade na cidade!

 Tem coisa legal aparecendo na cidade e o Folga da babá está comemorando e apoiando. 
  •  
 A primeira é um espaço super legal criado para crianças fazerem arte, exercerem sua criatividade e explorarem novos sentidos.  Aceita crianças de 4 a 10 anos em 2 tardes na semana. 
Para quem já conhece a colônia de Férias Brincando de Artista que já abria suas portas há mais de 10 anos para crianças cheias de energia e criatividade, vai ficar bem familiarizado com o CRIA. A proposta é semelhando e os responsáveis também. 
André e Igor fizeram a colônia de férias em janeiro e gostaram bastante. A criação de um projeto contínuo ao longo do semestre que fosse parecido com as atividades multiculturais produzidas na colônia era demanda constante dos pais. E deu certo! Água mole em pedra dura...
Parabéns e boa sorte à Anabela e à Isabel.















 









A segunda novidade vem de um velho conhecido das crianças: Marcelino Câmara. Quem nunca viu na escola, nos palcos, em uma peça de teatro ou tocando seu violão?

Agora ele embarca em um projeto pessoal com um bocado de gente talentosa. A Escola de Atores Marcelino Câmara já abre suas portas com uma bagagem enorme.
Agrega canto, dança e teatro em cursos que funcionam manhã, tarde e noite.

O curso de teatro infantil tem turmas às 8 da manhã até às 6 da tarde. Com certeza dá para encaixar uma horinha na agenda do seu filhote para exercitar autoconfiança, postura, sensibilidade em uma aula de teatro. Aceitam crianças a partir de 5 anos para duas aulas semanais.
Horários convenientes 

Curso de teatro infantil



terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A casa do amigo


Casa de amigo é assim.
A gente entra devagarinho, pisando com carinho. 
Meio desconfiado mas muito animado. Passinhos curtos casa a dentro.
Aos poucos distanciando-se da mãe e da velha rotina do dia.

Na casa do amigo a gente não sabe se pode. Não sabe se deixam.  Mas vai aos poucos fazendo o que quer. Logo descobre onde fica a água de beber, o brinquedo favorito e alguém pra socorrer.

A gente fica com um friozinho na barriga. Espiando cada cantinho com ar de explorador. Dentro do guarda-roupa, atrás da cortina e embaixo da mesa. Olhando pra cima e sonha com os brinquedos da ultima prateleira.

Na casa do amigo, bebemos água pra espantar a fome e colocamos um olhar cumprido para a despensa. A barriga ronca mas logo o barulhinho de talher na cozinha anuncia o lanche.

A casa do amigo sempre tem o melhor sanduiche de queijo e o melhor franguinho no almoço. Também tem uns sucos esquisitos. Lá a gente raspa o prato para ser educado.

Lá, a gente brinca do que o amigo quer, do que a gente quer e do que a mãe dele deixar. Mas nunca dá tempo de fazer tudo que gostaríamos. Por que o tempo passa tão rápido aqui?

Um dia eu ainda durmo na casa deste amigo...

Mas a campainha toca. Os pezinhos calçam a chinela esquecida no canto da sala. Cabecinha baixa com os olhos cheios de lágrimas. Um tchau discreto e encabulado para o amigo. Parece que a maré encheu e derrubou o castelo feito de dia bom.

Passado algum tempo...

A campainha toca. Corremos para abrir a porta. É o amigo!
Animados seguimos para o nosso quarto. O amigo vem atrás com passinho curto.
Dividimos nossos melhores brinquedos e matamos a curiosidade dele mostrando todos os cantinhos da casa.

Explicamos as regras. Não pode jogar videogame a tarde toda e jogar bola na sala só se for rasteirinha. E calma que já já a mamãe prepara um lanche gostoso.
Você vai ficar até tarde não é?
Por que você não dorme aqui?

...

Adoro o vai e vem de menino. Às vezes mando os meus, muitas vezes recebo os dos outros. Tem amigo de todo jeito, mas as descobertas são as mesmas e o dia é igualmente especial. O melhor é que no final do dia a gente sempre tem algo legal, um elogio que seja, para dizer para a mãe do amigo. E isso massageia o ego, alimenta a alma e é tal qual um dia inteiro de brincadeira.

Bom restinho de carnaval para todos!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Carnaval em Fortaleza

Muita coisa legal para quem vai passar o carnaval na terrinha

  • Passeio Público
Bailinho de Carnaval continua animando manhãs do Passeio Público
 
"Durante o carnaval, meninos e meninas não vão ter do que reclamar porque a festa, que também está acontecendo desde o pré-carnaval, continuará todos os quatro dias no Passeio Público, sempre a partir das 9h30min até às 11 horas com o Bailinho, que segue animado por Alexandre e Banda Só Alegria"


  • IPark
" O carnaval no iPark é pura folia. Nos dias 14, 15 e 17 de Fevereiro, o Bloco Carnavalesco Bons Amigos vai agitar os visitantes e fazer todo mundo sair do chão. E para criançada, teremos oficina de máscara, pintura fácil e “Bailinho de Carnaval”.



  • Engenhoca Parque eco educativo



  • Via Sul Shopping
Boa opção para quem quer se divertir sem cair na folia. Os filmes infantis em cartaz são Bob Esponja e Os Pinguins de Madagascar

  • Shopping Patio Dom Luis
O Patio Dom Luis também traz descontos nos cinemas além de carnaval no parquinho.





  • Shopping Aldeota

  •  
  • Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi
Hora da Criança Contação da história O Carnaval das minhocas, com Fabiano Carneiro

Com muita alegria e diversão a criançada irá aprender a importância das minhocas em seu habitat natural. O carnaval será animado na Saraiva, com muita dança, brincadeiras e um duelo entre mágicos musicais. Ninguém pode perder esta maravilhosa história! Dia 14 às 16h.

 










  • Centro Cultural Dragão do Mar

"Além dos museus, o visitante também poderá curtir a turnê da intérprete carioca Eliana Carneiro (Cia. Os Buriti), com o espetáculo de teatro e dança “Imagens do Sagrado – Blima”, em cartaz de sexta a domingo, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. No mesmo espaço, às 17h, o grupo Vemart apresenta o teatro infantil “O Aniversário do Palhaço”, sábado (14) e domingo (15). Também para a criançada tem Brincando e Pintando no Dragão que, neste domingo de Carnaval, migra para a Arena Dragão do Mar."

  O Aniversário do Palhaço [teatro infantil]
Grupo Vemart - Texto: Waldemar Sillas – Direção: Cláudia Valéria
O espetáculo conta a história do palhaço Pirulito, uma figura tão distraída que não lembra nem o próprio aniversário.
17h > Teatro Dragão do Mar > Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia). Classificação livre.





  • Shopping Rio Mar

Dia 14 de fevereiro, às 16 horas, tem Bailinho RioMar! Traga seu pequeno para comer muito algodão doce, se divertir com a pintura facial e pular carnaval com música ao vivo! Evento gratuito









 




  • Jardins Open Mall




  • Náutico Atlético Cearense 



  • Cinema - Estreia de Annie
"Originalmente deixada por seus pais ainda bebê com a promessa de que voltariam para buscá-la um dia, Annie vive uma vida dura com sua malvada tutora, a senhorita Hannigan (Cameron Diaz). Mas tudo está prestes a mudar quando o magnata intransigente e candidato a prefeito de Nova York, Will Stacks (Jamie Foxx) - aconselhado pela sua brilhante VP, Grace (Rose Byrne) e seu perspicaz planejador de campanha e conselheiro, Guy (Bobby Cannavale) – faz uma manobra de campanha arriscada e assume sua tutela.Stacks acredita que ele é seu anjo da guarda, mas a natureza brilhante e auto-confiante de Annie, junto com sua visão de que o “sol irá nascer amanhã” mostra a ele que é apenas o contrário."




Um excelente carnaval com muita saúde e alegria para todos. 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Irmão


Eu tenho a sorte de ter uma irmã.
Não sei se durante a minha infância eu diria isso. Mas hoje digo.
Com certeza naquela época eu não via muita vantagem em ter uma irmã. Talvez durante os raros momentos em que brincávamos sem brigar... Talvez quando ela me protegia de algo ou de alguém. Ou quando ela deixava que eu participasse da conversa com as meninas mais velhas. Apenas nesses momentos, quem sabe... De resto era muita briga, muita comparação e muita chateação.

Na adolescência comecei a achar interessante o fato de ter uma irmã mais velha. Facilitou bastante a minha vida. Comecei a ir para as festas bem mais cedo e a conhecer os garotos mais interessantes da escola por intermédio da minha irmã. Ela traduzia as músicas em inglês pra mim e deixava que eu a acompanhasse em quase todos os programas que fazia com a sua turma.

Aos poucos a diferença de dois anos e meio passou a ser irrelevante. As brigas ficaram  bestas e infrequentes. Mas não nos unimos mais por causa disso. Éramos muito diferentes, não em valores, mas em preferencias cotidianas. Enquanto eu jogava vôlei, ela lia. Enquanto eu dançava lambada, ela escutava Pink Floyd.

André e Igor
Crescemos. Eu enraizada na Terrinha e ela correndo mundo a fora. “Ela fazia medicina e falava alemão e eu ainda nas aulinhas de inglês...” Ela era Mônica, eu Eduardo. Ou quase isso. “E mesmo com tudo diferente veio vindo de repente uma vontade de se ver...”  Nós iniciamos a vida adulta e ficamos cada vez mais próximas. Infelizmente não fisicamente, mas a gente se dava melhor. Talvez entendesse e aceitasse melhor as diferenças. Admirávamo-nos mais.

O fato é que os maiores aperreios da vida eu dividi com a minha irmã. As alegrias dela são minhas também. Ela continua indo para a hípica, enquanto eu vou para praia, mas não importa. Sei que ela está ali como sempre esteve. Hoje sei que é tão bom ter uma irmã.

A mesma sorte de ter uma irmã, eu tive ao ter dois filhos. A diferença é quase a mesma, dois anos e meio. Eles se amam. Eles também brigam, implicam e batem um no outro. Não poderia ser diferente, pelo menos não dentre as coisas que sei e vivi. Não tenho dúvida de que são muito diferentes em personalidade, tal qual eu e minha irmã. Tenho quase certeza que seguirão caminhos diferentes, carreiras distintas. Mas não importa. Eles são irmãos.

Ontem, a tarefa de casa do Igor perguntava: Se você quisesse ser igual a alguém, quem você escolheria? Ele pensou e disse: Queria ser igual ao Dedé.
Como assim? E o Super homem, o Homem aranha, o Phineas, o Ash?  
Ele queria ser igual ao irmão. Eu perguntei o porquê mas ele não respondeu.
Não precisava responder, não é mesmo?

Abraços fraternos a todos.

PS. Sorte das amizades que são fraternas. Há amigos que cabem direitinho neste post também.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Coisas legais para 6, 7 e 8 de fevereiro

Muito carnaval, teatro de qualidade e animação para esse final de semana!

Carnaval no Shopping Aldeota

 Carnaval no Shopping Del Paseo

 Musical Mania de Explicação no Teatro Via Sul

Peça "O aniversário do Palhaço"do Grupo Vemart no Teatro do Dragão do Mar

Bailinho Infantil de carnaval com teatro e brincadeira no Dragão do Mar

 "A folia de Carnaval também cede espaço para a energia da criançada, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Neste domingo, dia 8, a Praça Verde recebe os pequenos no nosso tradicional Bailinho Infantil à Fantasia. Com acesso gratuito, a festa começa a partir das 16h, envolvendo todos nas brincadeiras e atividades do Brincando e Pintando. Depois, às 17h, tem os artistas do circo argentino Latin Duo fazendo a alegria da meninada. Às 18h, começa o Baile da Zefinha, com as clássicas músicas de Carnaval infantil.
Se valendo da cumplicidade do público, o espetáculo interpretado pelo casal de artistas multifacetados Rodrigo Möller e Caterina Stefanoff, "Se desconcierta el concierto", traz uma performance alegre que une palhaçaria, equilíbrio e música.
Em seguida, no Baile da Zefinha, com o grupo Dona Zefinha, diversão é palavra de ordem. O repertório é composto por marchinhas e músicas infantis. Uma festa para foliões de todas as idades que brincam ao som de frevo, samba, maracatu, carimbó e versões de clássicos para a criançada. Neste baile, vamos viajar pela diversidade musical do Carnaval do Brasil."
Dia 8, a partir das 16h, na Praça Verde. Acesso gratuito."

domingo, 1 de fevereiro de 2015

O que?! ( ou: sério?) ( ou: você falou isso?)


Censurado para menores

Sou chata, muito chata. Não aceito palavrões aqui em casa. André e Igor até já arriscaram alguns porém arrepederam-se prontamente. E faço questão de reforçar o castigo toda vez que se repete. Ainda bem que a frequência ainda é baixíssima.

Mas não posso impedir que escutem palavrões. Foge ao meu controle. E, Graças a Deus, cedo na maternidade descobri que não conseguimos controlar o mundo no qual nossos filhos se inserem, embora tentemos muito. O melhor a ser feito é aceitar, mostrar com clareza o que é certo e o que é errado e monitorar se eles estão aplicando o que você ensinou.

O teste de fogo é levar seu filho a um estádio de futebol. Um festival de palavrões. Eles são de todos os tipos: grotescos, bizarros, ofensivos e alguns até não identificados. E não adianta, você não vai conseguir fugir deles. Se por um rearranjo cósmico você sentar perto apenas de torcedores bem comportados, o som da torcida organizada garantirá a cota de palavrões mínima a ser ouvida durante um jogo de futebol.

E se a educação mais eficaz é aquela que se dá pelo exemplo, muita calma nesta hora. Você se aguenta, se retorce e se supera. Consegue passar boa parte dos noventa minutos sem dizer um palavrão. Até que o juiz expulsa seu camisa 10, ou não marca o pênalti claro, ou não coíbe a catimba exagerada, ou... São muitas as situações em que um belo palavrão dito em alto e bom som cabe dentro de uma partida de futebol. Como uma luva.

Ao dizer um palavrão vez ou outra dentro do estádio tenho a chance de ensinar aos meus meninos que temos sentimentos fortes, que às vezes agimos impulsivamente e que é sadio extravasar as emoções. Se eu não disser nenhum palavrão, nenhuzinho que seja, corro o risco de passar por chata, fria e calculista que tolhe as emoções e inibe expressões espontâneas de sentimentos verdadeiros. ( Pronto, essa fui eu me justificando. Quem nunca?)

Já havia levado os meninos algumas vezes ao estádio, mas ontem foi especial. Vou contar a você:

Era a primeira vez que nós íamos ao PV com os meninos. O Ceará jogou bem o primeiro tempo e virou ganhando de 1x0 do Guarany de Sobral.  No segundo tempo, o Guarany voltou melhor, ameaçando logo no início com várias chances de gol. Aí, a redenção, pênalti para o Ceará.

Magno Alves posiciona-se para a cobrança para desespero da torcida. Os xingamentos para o craque do time não eram de todo injustificados. O Magnata sabe fazer gol, mas definitivamente, não os sabe fazer cobrando pênalti. Dito e feito. Perdeu.

Olho para o André indignada e digo:  Tu viu? Ele perdeu de novo!
E meu menino, sem a menor cerimônia, disse: Puta Meeeeerda!

Puta merda? Como assim puta merda??? Assim na minha cara. Olho no olho? Fiquei meio sem ação. Na verdade, puta merda era fichinha diante do que outros torcedores estavam dizendo. Mas o puta merda tinha saído da boca dele.

Pausei e disse em voz calma: Amor, isso não se fala, é palavrão, é feio.... Blá, blá, blá...
E André dá uma batidinha no meu ombro e diz: Relaxa mãe, tá tranquilo. No estádio pode. E se vira para acompanhar o jogo.

Ri. Ele tem razão. Um “puta merda” naquele momento só iria fazer bem. Não ofendeu a ninguém, não agrediu.

Então escutem todos! A regra é clara. Palavrão só no estádio, de preferencia poupando a mãe do juiz e em situações que realmente mereçam a transgressão.

E vamos lá. Comer churrasquinho na porta,  Marujinho lá dentro. Vamos para o canto onde se segrega não pela cor da pele, preferencia sexual, religião ou classe social. Mas sim pela cor da camisa. Ali tá todo mundo, gente de todo tipo, com a mesma camisa e com um só desejo: ver o time ganhar.

O estádio ensina muito. Muito do que não se deve fazer, e isso faço questão de pontuar aos meus meninos. Mas o estádio agrega, ensina muita coisa boa também. E agora meu menino aprendeu que tudo tem seu tempo e hora. Até um palavrão.

E depois aprendeu humildade, quando o artilheiro do Brasil pediu desculpas a torcida por ter perdido o pênalti. Aprendeu sobre superação quando esse mesmo artilheiro fez um gol logo depois. Aprendeu a se expor e a curtir o momento quando juntou-se com outros 4 meninos que nunca tinha visto e ficou batendo bola com uma dente de leite na beira do campo.

Placar final de 4 x 0 para o Ceará. Família feliz, menino feliz.