Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O jantar está na mesa!

Pediatrics. 2011 Jun;127(6):e1565-74. doi: 10.1542/peds.2010-1440. Epub 2011 May 2.
Is frequency of shared family meals related to the nutritional health of children and adolescents?

Esse foi um dos artigos que peguei para ler hoje a noite.
O interesse em ler sobre a importância das refeições em família não veio por acaso. Nessas férias, tomamos a decisão de melhorar nossa rotina durante as refeições, e a partir de agora, comemos juntos!

Parece simples, todos à mesa, comendo o que temos para aquele dia e conversando sobre amenidades, novidades do dia que passou e planos para os dias seguintes.  Quase posso ouvir uma melodia calma e sentir um cheiro de jasmim para compor cena.

Quem tem filho(s) em casa sabe bem que o quadro acima é bem difícil de ser pintado. Quem não tem ajuda em casa na hora do jantar sabe ainda melhor.

São vários os obstáculos para que sentemos todos à mesa: horários diferentes, gostos diferentes, prioridades diferentes, televisão, birra, falta de fome ou fome demais... Ou, a simples vontade que temos de comermos sossegadas!

Com tudo isso, meu lado pragmático precisava de evidências científicas de que realmente valia a pena o esforço de colocar toda a família à mesa. Ao mesmo tempo e comendo a mesma comida. E por isso comecei a pesquisar artigos que falassem no tema, pesquisei palavras-chave como: family meals, Mealtime, family togetherness, dinner table no maior banco de dados de revistas médicas do mundo. 

Eu estava no paraíso das evidências científicas... Se era suporte que eu precisava, ali estava toda uma rede de apoio que sustentaria minhas refeições em família pelo resto da vida. Conclusão? Sim, vale a pena o esforço de ter todos à mesa.

Schwartz S, Benuck I.
Pediatr Ann. 2013 Sep;42(9):181-3. doi: 10.3928/00904481-20130823-09.

E sabe qual é uma das principais estratégias que esse artigo relata para fazer com que seu menino de 2 anos coma bem? O exemplo dos outros membros da família durante a refeição.

Wansink B, van Kleef E.
Obesity (Silver Spring). 2013 Oct 1. doi: 10.1002/oby.20629. [Epub ahead of print]

Nesse artigo acima, a refeição em família revela-se uma arma importante contra a obesidade, seja infantil ou adulta.
Obesidade também está relacionada com a televisão ligada durante as refeições. Famílias que evitam assistir televisão ao comer, escolhem e preparam melhor seus alimentos.

Coon KA, Goldberg J, Rogers BL, Tucker KL.
Pediatrics. 2001 Jan;107(1):E7.

Um dos artigos mais legais que vi falava da dificuldade de mães de baixa renda em fazerem as refeições com filhos pequenos. E sabe o que as motivava? A lembrança de sua própria infância, sentadas a mesa com seus pais.  

Malhotra K, Herman AN, Wright G, Bruton Y, Fisher JO, Whitaker RC.
J Acad Nutr Diet. 2013 Nov;113(11):1484-93. doi: 10.1016/j.jand.2013.07.028.

Pronto, está decidido. Teremos refeições em família, criaremos bons momentos para serem lembrados. E outros não tão bons, vai ter carão, birra, má digestão, mas pelo visto, o saldo é bem positivo, e a recompensa virá e valerá muito a pena.


Prior AL, Limbert C.
J Child Health Care. 2013 Dec;17(4):354-65. doi: 10.1177/1367493512462261. Epub 2013 Mar 1.
PMID: 23455875 [PubMed - in process]

E se até os adolescentes, muitas vezes aversos ao diálogo em família e com uma atração imensa a serem do contra, aprovam e acham importante realizar as refeições em família…Nós também conseguimos atribuir a devida importância ao tema.


Bom apetite.

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