Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Desapego

Há algum tempo distancio-me do meu país.
Tantas idas e vindas. Luas de mel e desafetos. Depois de tantas tentativas de remediar o que parece não ter mais remédio. Depois de olhar de longe, fingir imparcialidade... Jogo a toalha.

Viver aqui é quase como viver sufocada. Prender um grito, fechar os olhos. Vivemos nossos dias de forma modesta, agradecendo por não ter sido pior.  Vivemos também, modestamente felizes, sem nos mexermos muito para não levantarmos a poeira podre do que nos cerca.

Se em terra estranha, com certeza defenderia meu país. Como uma mãe defende seu filho em público, sabendo do castigo que lhe cabe. Não nego também suas virtudes, que, infelizmente, diminuem em número a cada vez que tento computa-las.

Meus filhos estão crescendo aqui, o que me inquieta. Com certeza falharei em passar qualquer sentimento patriota aos meus meninos. Tampouco, esse ano, fiz alarde nas comemorações de 7 de setembro.

Estou em terapia de desapego. Encanta-me muito mais o movimento das chuteiras do que o brilho da camisa amarela. O tempero da comida brasileira já carrego comigo, sua música já ressoa em meus ouvido e o cheiro da maresia ninguém me tira, está tatuado. Brasil, fico cada vez mais independente de ti.

Porém não fugirei à luta, na condição que tu também ergas a clava forte da justiça. Coisa que não o vejo fazer faz tempo. Alguns dizem que não devo confundir o país com o seu povo, muito menos com os que o governam. Pois bem, o que seria um país se não seu povo cercado por limites arbitrários? 

Se já não me encanta o que vejo, vou olhar para ti pelos olhos dos outros. Olhos de um menino que ainda se deixa iludir, se deixa levar pelos teus encantos. Melhor assim. Que a pátria seja amada pelos olhos vestidos de inocência e deles alimento-me de tolerância para levar os meus dias contigo.

Sejamos parceiros, pois amantes...Não, amantes nunca mais.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

TIC TAC TIC TAC

Está chegando a semana mais esperada do ano para quem ama teatro infantil. Tudo gratuito e tudo muito bom! Confira:

"O 3º TIC – Festival de Teatro Infantil do Ceará nos convida ao mundo de possibilidades do teatro, onde o dragão cospe fogo, o menino voa, a água dança e a árvore canta.
São 50 sessões que fazem um patchwork de artes plásticas, circo, contação de histórias, dança, mágica, teatro de animação e teatro de rua. Nesse universo, tudo vira objeto dramático.
Mostramos ao público do TIC novas formas de pensar e fazer teatro para a infância, capazes de explorar uma diversidade de olhares e quebrar fronteiras e padrões pré-estabelecidos.
Assim, o TIC segue se reinventando como uma opção responsável de diversão e arte para toda a família, reunindo 13 grupos com espetáculos que nos fazem rir e pensar."

Acompanhe as notícias pelo facebook do festival: https://www.facebook.com/TICTeatro 
Ou saiba todos os detalhes e a programação completa no página oficial do Tic: http://festivaltic.com.br/

sábado, 21 de setembro de 2013

Coisas simples que fazem feliz!


Viagem improvisada, imprevista e de última hora é o terror para uma virginiana. Mania de controle e organização. Sofre eu, a psicopata perfeccionista e o pobre do marido que tem que aguentar.  Gosto de planejar meus dias, garantir a sobrevivência dos meus meninos em ambientes desconhecidos, considerando o mínimo de conforto.  
E já que é para organizar, vamos garantir a diversão dos pequenos. Aqui vão algumas dicas que podem animar mais ainda a viagem no próximo final de semana. São coisas simples, mas que uma a uma fazem a diferença para um dia feliz!

Leve um presente ao anfitrião! Compramos um osso enorme para o Tango que, em agradecimento, cultivou a amizade com os meninos 


 

 

 

 

 

 

 

 

Crie um cardápio especial, de preferência que os meninos participem da construção. Fizemos mashmallow na churrasqueira e bolo de caneca!


Leve um brinquedinho diferente, que seja novidade, para distrair e animar a meninada. O escolhido da vez foi o giz, para desenharmos no chão da varanda ( na fazenda por, ne?). Desenhamos casas para os smurfs.


 Se for rolar praia na viagem, não custa nada checar a tábua das marés. Não tem praia melhor do que aquela cheia de piscininhas para os meninos brincarem em segurança. Confira o site tabuademares onde eu costumo olhar.


 

 

Quebre o protocolo!





terça-feira, 17 de setembro de 2013

Você tem fome ( saudade) de que?


Ouço algumas amigas dizerem que sentem falta do tempo em que os filhos eram pequenos. Eu não. Sempre respondo que quanto maior, melhor. Há mais interação, mais conversas. Arrisco até dizer que há mais amor, pois esse amor de hoje não depende do turbilhão hormonal e nem apoia-se em puro instinto materno. É um amor construído e tem razão maior de ser.

Acho, no fundo, que muito da saudade que possamos sentir da época em que nossos filhos eram pequenos, não faz referencia específica a idade dos filhos e sim a suas dependências. Explico: quem não gosta de ser necessária? Melhor, quem não gosta de ser necessária e suficiente? Uma mãe é tudo que um bebê pode precisar e dela ele se mantem. A mãe de um bebê sente-se amada incondicionalmente, doa a si próprio e tem a sensação de dever cumprido dia-a-dia. É sempre correspondida e valorizada por aquela criaturinha indefesa. Isso, ao final do dia, nos faz feliz e faz toda a diferença.

Quando nossos filhos crescem, não veem mais o mundo pelos nossos olhos. Tampouco precisam de nós incondicionalmente. Não somos mais necessárias e muito menos suficientes para aquela criaturinha cheia de ideias próprias do mundo. Pequenos homens cheios de necessidades a serem satisfeitas. E essas últimas, nós mães, não podemos contemplar. Que saudade eu tenho de ser absolutamente necessária, ser amada sem filtros e sem julgamentos... É dessa saudade que eu estou falando. E essa sim, eu sinto.

Você perde espaço para a turma de amigos. Seu filho terá outros confidentes. Os beijos serão só para a namorada. Eles crescem e com eles a distância entre nós, mães, e eles, os filhos. Falando assim parece um castigo, um calvário pelo qual todas as mães tem que passar. Eu prefiro ver como Poliana. Prefiro ver que aproveitei o tempo que passamos juntos para contribuir com a formação de um menino bom. Menino que respeita os amigos e os faz com facilidade, que seleciona bem seus confidentes e entre eles escolhe uma pessoa para amar profundamente. Melhor pensar assim. Assim se acha remédio para a saudade, seja cantando, como dizia o poeta, seja ruminando o gostinho de uma educação vitoriosa. Pois se assim foi, ele sempre voltará com abraços e beijos compartilhando os méritos e as vitórias.

De fato, com os filhos crescidos, não somos mais essenciais. Não para garantir a sobrevivência ou existência. Mas estamos alí. E quem dirá que isso não faz toda a diferença?
Ter saudade é normal. Porém, abraço e beijo de quem quer é bem melhor do que o de quem precisa, não é? A frequência pode ser menor, mas o significado é dobrado. E se sempre se diz que criamos os filhos para o mundo, vamos lá, cultivar suas asas enquanto estamos juntos para que possam voar bem mais alto depois.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Muita coisa legal acontecendo... Confira!

O mes de setembro está cheio de programas teatrais legais para curtir com a criançada. Confira aqui algumas dicas de programação:

Para enlouquecer as  meninas

Show das princesas da disney no Siará Hall no dia 22 de setembro as 18h

Ingressos a venda no local e no site da Bilheteria virtual.
• Platéia Pista (cadeiras sem numeração por ordem de chegada):
- R$ 45,00 (meia)
- R$ 90,00 (inteira)
• Platéia Premium (cadeiras numeradas)
- R$ 120,00 
• Camarote:
- 1º Piso:
- R$ 40,00 (meia)
- R$ 80,00 (inteira)
- 2º Piso:
- R$ 35,00 (meia)
- R$ 70,00 (inteira)

Veja aqui ( http://www.youtube.com/watch?v=jMTH_pqWqGs) o trailler para se animar: ( parece realmente bem legal)


Um bom espetáculo por uma boa causa

Valorizar bons projetos enquanto nos divertimos é melhor ainda, confira aqui o projeto "O mundo que eu quero ler" do Grupo Encantos.


Para incentivar a leitura das crianças que participam de ONGs, o Grupo Encantos, com o apoio da Livraria Cultura, está lançando o projeto “O mundo que eu quero ler”. A ideia é realizar espetáculos de contação de histórias para arrecadar livros novos ou seminovos e criar espaços de leitura nessas ONGs. A entrada é uma obra literária infanto-juvenil. Desta vez, os exemplares serão entregues à ONG Abenj, que atende crianças das áreas circunvizinhas à Cidade 2000 e Praia do Futuro. Então, convide a turma toda para participar e leve os livros que puder!

1º Espetáculo: HISTÓRIAS CANTADAS
Data: 21 de setembro de 2013
Hora: 18h30
Local: Auditório da Livraria Cultura

Tio Marcelino ( e grupo Catavento) é sempre uma boa pedida

Talvez você já tenha assistido e queira rever, ou não tenha tido a oportunidade de ver e queira conferir. Aproveite esses dois espetáculos com o tia Marcelino. O "Trem maluco" é ótimo para crianças pequenas e "os palhaços do circo de chulé" indico para as crianças mais crescidinhas.
 






 Incentivo a leitura com um bom espetáculo

Uma grata surpresa que tive esse final de semana foi conhecer a Teatraria Espalha-Fato, com um espetáculo muito legal e com uma mensagem ótima de incentivo a leitura. Confira o espetáculo Pirlimpimpim, vale a pena!

 

 Mais um clássico no Via Sul

O Mágico de Oz

15/09 às 16h
Ingressos:
R$ 50,00 Inteira R$ 25,00 Meia 


No Teatro José de Alencar

Os três porquinhos

TJA Criança
Grupo Teatral Loa estica a temporada d'Os três porquinhos
domingos de setembro, 17h - R$ 6 e 12,00
Teatro Morro do Ouro/Cena (anexo TJA)
PS. Os ingressos da grande maioria destes espetáculos estão disponíveis  em diversos sites de compra coletiva com descontos de até 50% no ingresso. Confira e aproveite!



 


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Eu quebro, tu quebras, ele quebra... Nós melhoramos.


Hoje li isso:
“Ser forte, Catarina, não é quebrar os outros, mas saber-se quebrado. É ser capaz de cuidar de seus barcos de papel – e também dos barcos dos outros – não como uma criança que os imagina poderosos, de aço. Mas sabendo que são de papel e que podem afundar de repente”

E me deu uma vontade imensa de ler mais, ler o resto da história. Saber quem era Catarina, seus medos e angústias. Saber de quem quebra e é quebrado. E em quantos pedacinhos foi.
Ler a história de gente quebrada para não se sentir só. Para sentir-se acolhida. Misturar-se no mundo, perder-se, ser mais um. Quem não perde um pedacinho todo dia?
Quebrar-se dia sim, dia não, tem sua beleza. Com isso, temos história para contar e trabalho a fazer. Se não quebro, como construir minha linda alma de mosaico. Colorida, construída de diversas formas, valores, conceitos e experiências.
Viver quebrada não é ruim, pior é viver com medo. Protegendo-se da queda que faz quebrar. Vida sem queda é vida sem salto. Se não quebra, não conserta, não transforma e não melhora.
Desejo a meus filhos muitas pequenas quedas. Que se quebrem e escolham deixar pelo caminho os pedacinhos inúteis e sem beleza e com eles as pessoas más, engessadas e sem compaixão. Desejo ajudar a juntar os pedaços, os bons, a talha-los e a colori-los com vida boa.
Eu amo tanto meus filhos que os quero quebrados, pois não são perfeitos. Precisamos todos sermos refeitos.

A menina quebrada
Uma carta para Catarina, que descobriu que até as crianças quebram
ELIANE BRUM
Era uma festa. Comemorávamos a vinda de um bebê que ainda morava na barriga da mãe. Eu havia acabado de segurá-la para que ela passasse a pequena mão na água da fonte do jardim. Ela tentava colocar o dedo gorducho no buraco para que a água se espalhasse, como tinha visto uma criança mais velha fazer. Parecia encantada com a possibilidade de controlar a água. Tem 1 ano e oito meses, cabelos cacheados que lhe dão uma aparência de anjo barroco e uns olhos arregalados. Com olheiras, Catarina é um bebê com olheiras, embora durma bem e muito. De repente, ela enrijeceu o corpo e deu um grito: “A menina.... A menina.... Quebrou”.  

Era um grito de horror. O primeiro que eu ouvia dela. Animação, manha, dor física, tudo isso eu já tinha ouvido de sua boca bonita. Aquele era um grito diferente. Não parecia um tom que se pudesse esperar de alguém que ainda precisava se esforçar para falar frases completas. Catarina estava aterrorizada. “A menina... A menina...” Ela continuava repetindo. Olhei para os lados e demorei um pouco a enxergar o que ela tinha visto em meio à tanta gente. Uma garota, de uns 10, 12 anos, talvez, com uma perna engessada. “Quebrou...” Catarina repetia. “A menina... quebrou.” 

Ela não olhava para mim, como costuma fazer quando espera que eu esclareça alguma novidade do mundo. Era mais uma denúncia. Pelo resto da festa, ela gritou a mesma frase, no mesmo tom aterrorizado, sempre que a menina quebrada passava por perto. Nos aproximamos da garota, para que Catarina pudesse ver que ela parecia bem, e que os amigos se divertiam escrevendo e desenhando coisas no gesso, mas nada parecia diminuir o seu horror. Os adultos próximos tentaram explicar a ela que era algo passageiro. Mas ela não acreditava. Naquele sábado de janeiro Catarina descobriu que as pessoas quebravam.  

Eu a peguei, olhei bem para ela, olho no olho, e tentei usar minha suposta credibilidade de madrinha: “A menina caiu, a perna quebrou, agora a perna está colando, e depois ela vai voltar a ser como antes”. Catarina me olhou com os olhos escancarados, e eu tive a certeza de que ela não acreditava. Ficamos nos encarando, em silêncio, e ela deve ter visto um pouco de vergonha no assoalho dos meus olhos. Era a primeira vez que eu mentia pra ela. E dali em diante, ela talvez intuísse, as mentiras não cessariam. Naquela noite, depois da festa, fui dormir envergonhada.  

O que eu poderia dizer a você, Catarina? A verdade? A verdade você já sabia, você tinha acabado de descobrir. As pessoas quebram. Até as meninas quebram. E, se as meninas quebram, você também pode quebrar. E vai, Catarina. Vai quebrar. Talvez não a perna, mas outras partes de você. Membros invisíveis podem fraturar em tantos pedaços quanto uma perna ou um braço. E doer muito mais. E doem mais quando são outros que quebram você, às vezes pelas suas costas, em outras fazendo um afago, em geral contando mentiras ou inventando verdades. Gente cheia de medo, Catarina, que tem tanto pavor de quebrar, que quebram outros para manter a ilusão de que são indestrutíveis e podem controlar o curso da vida. E dão nomes mais palatáveis para a inveja e para o ódio que os queima. Mas à noite, Catarina, à noite, eles sabem. 

E, Catarina, você tem toda a razão de duvidar. Depois de quebrar, nunca mais voltamos a ser como antes. Haverá sempre uma marca que será tão você quanto o tanto de você que ainda não quebrou. Viver, Catarina, é rearranjar nossos cacos e dar sentido aos nossos pedaços, os novos e os velhos, já que não existe a possibilidade de colar o que foi quebrado e continuar como era antes. E isso é mais difícil do que aprender a andar e a falar. Isso é mais difícil do que qualquer uma das grandes aventuras contadas em livros e filmes. Isso é mais difícil do que qualquer outra coisa que você fará.  

Existe gente, Catarina, que não consegue dar sentido, ou acha que os farelos de sentido que consegue escavar das pedras são insuficientes para justificar uma vida humana, e quebra. Quebra por inteiro. Estes você precisa respeitar, porque sofrem de delicadeza. E existe gente, Catarina, que só é capaz de dar um sentido bem pequenino, um sentido de papel, que pode ser derrubado mesmo com uma brisa. E essa brisa, Catarina, não pode ser soprada pela sua boca. Ser forte, Catarina, não é quebrar os outros, mas saber-se quebrado. É ser capaz de cuidar de seus barcos de papel – e também dos barcos dos outros – não como uma criança que os imagina poderosos, de aço. Mas sabendo que são de papel e que podem afundar de repente. 

Não, acho que eu não poderia ter dito isso a você, Catarina. Não naquela noite, não agora. Ao lhe assegurar, cheia de autoridade de adulto, que tudo estava bem com a menina quebrada, com qualquer e com todas as meninas quebradas, o que eu dei a você foi um vislumbre da minha abissal fragilidade. Esta, Catarina, é uma verdade entre as tantas mentiras que lhe contei, ao tentar fazer com que acreditasse que eu seria capaz de proteger você. Vai chegar um momento, se é que já não houve, em que você vai olhar para todos nós, seus pais, seus “dindos”, seus avós e tios, e vai perceber que nós todos vivemos em cacos. E eu espero que você possa nos amar mais por isso.  

Essa conversa, Catarina, está apenas adiada. Talvez, daqui a alguns anos, você precise me perguntar como se faz para viver quebrada. Ou por que vale a pena viver, mesmo se sabendo quebrada. E eu vou lhe contar uma história. Ela aconteceu alguns dias depois daquela festa em que você descobriu que até as meninas quebram. Nós estávamos na fila do caixa do supermercado perto de casa, com uma cesta cheia de compras, e havia um homem atrás de nós. Era um homem vestido com roupas velhas e sujas, parte delas quase farrapos. E ele cheirava mal. Poderia ser alguém que dorme na rua, ou alguém que se perdeu na rua por uns tempos. Ficamos com medo de que o segurança do supermercado tentasse tirá-lo dali, ou que a caixa o tratasse com rispidez, ou que as outras pessoas na fila começassem a demonstrar seu desconforto, como sabemos que acontece e que jamais poderia acontecer. Enquanto pensávamos nisso, ele nos abordou. E pediu, com toda a educação, mas com os olhos dolorosamente baixos: “Por favor, será que eu poderia passar na frente, porque tenho pouca coisa?”.  
Quando lhe demos passagem, vimos que o homem não tinha pouca coisa. Ele só tinha uma. Sabe o que era, Catarina?  
Um sabonete. Era o que havia entre as mãos de unhas compridas e sujas, junto com algumas moedas e notas amassadas, como em geral são as notas que valem pouco. Aquele homem, que parecia ter perdido quase tudo, aquele homem talvez ainda mais quebrado que a maioria, porque tinha perdido também a possibilidade de esconder suas fraturas, o que ele fez? Quando conseguiu juntar uns trocados, o que ele escolheu comprar? Um sabonete. 

Catarina, talvez um dia, daqui a alguns anos, você volte a me olhar nos olhos e a dizer: “A menina... quebrou”. Ou: “Eu... quebrei”. E talvez você me pergunte como continuar ou por que continuar, mesmo quebrada. E eu vou poder lhe dizer, Catarina, pelo menos uma verdade: “Por causa do sabonete”. 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Minha vida em um porta-luvas


Há algum tempo não consigo fazer tudo que planejo. Pior, não consigo nem chegar onde desejo, muito menos na hora marcada.
Como se não bastasse a vida ser corrida por ela mesma, temos que nos deslocar desviando do trânsito movimentado ( quando dá), desviando da mau educação e intolerância dos outros ( quando dá) e dos pontos mais perigosos da cidade (quando dá).
Tenho pena de mim, perdendo tempo, o bom humor e a paciência no trânsito de Fortaleza. Tenho mais pena dos meus filhos, que pela idade, minutos parecem horas, bom humor vai-se fácil e paciência é virtude rara.
Infelizmente é imprevisível o que encontraremos pelo caminho. O mesmo percurso pode durar poucos minutos ou horas, a depender das mais variadas situações como apagões, obras, manifestações e acidentes. Pior que isso, o trânsito pode estar ruim simplesmente por ser assim, por ser Fortaleza, essa nossa cidade triste e desestruturada. 
Lembro-me que quando nevava muito em Washington, todos saíamos de nossos trabalhos mais cedo e íamos ao supermercado comprar produtos de necessidade básica: leite, pão, lanterna, papel higiênico... Tínhamos medo de não poder sair de casa por muito tempo.
Hoje, levo minha vida dentro do porta-luvas. Aqui não neva, e nem precisa nevar para que fiquemos presos em nossos carros mais tempo que o necessário, que o permitido, que o recomendado para que tenhamos uma vida saudável.   
Lenços humedecidos, biscoitos doces e salgados, água, suco, revistinha em quadrinhos, CDs de música infantil, carregador de celular... Tenho medo que meus filhos tenham fome, sede, tédio, sono, vontade de ir ao banheiro... Tudo isso em um engarrafamento, depois de um dia exaustivo.
Exagero?
Já saiu de casa hoje? Eu já. ( e com o porta-luvas cheio)

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Doki no Shopping Iguatemi e Super Heróis no Patio Dom Luis


Já levei os meninos a outras duas edições do programa. Pode ser bem legal e divertido a depender da qualidade dos monitores... De qualquer forma, fale a pena conferir!



É hora de se exercitar brincando com o 1,2,3 e Já!

Do dia 30 de agosto a 15 de setembro, acontece um evento super animado aqui no Shopping Iguatemi Fortaleza, o 1, 2, 3 e Já! Direto do Discovery Kids, as crianças irão participar de atividades que estimulam a importância de se exercitar, se divertindo muito com o mundo lúdico do Doki e dos personagens do Discovery Kids. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados na bilheteria do evento, diariamente a partir das 11h30, na Praça Central. As atividades acontecem das 12h às 21h. Presença confirmada do personagem às sextas, sábados e domingos, conforme regulamento. Não percam essa oportunidade!
EVENTO
•    Data do Evento: 30 de agosto a 15 de setembro de 2013;
•    Horário de funcionamento do evento: diariamente, das 12h às 21h;
•    Local do evento: Praça Central;

RETIRADA DE INGRESSO
•    Local: bilheteria no espaço do evento;
•    Ingressos válidos somente para o mesmo dia; 
•    Lotação limitada;
•    Horário de retirada de ingressos: segunda a domingo, a partir das11h30. Até o término dos ingressos do dia;
•    Entrada gratuita;

GERAL
•    Permitida a entrada de crianças de 0 a 11 anos e somente acompanhadas por um adulto responsável;
•    É obrigatória a presença de um adulto responsável durante a participação da criança no evento, o qual se responsabilizará por ela;
•    Não é permitido entrada com alimentos e bebidas;
•    Não é permitido entrada de animais no evento;
•   Todas as atividades estão sob a coordenação de monitores treinados, que darão dicas de funcionamento, segurança, regras do evento, entre outros. Os participantes que não acatarem as orientações da monitoria e coordenação do evento não poderão permanecer nas atividades;
•    Ao entrar no espaço o visitante autoriza a utilização em caráter gratuito de sua imagem e da do menor pelo qual é responsável na veiculação em mídia especializada, para divulgação do referido evento;
•    Não é permitida a entrada de carrinhos de bebê. Estes deverão permanecer estacionados do lado de fora do evento. Não nos responsabilizamos por nenhum objeto deixado nos carrinhos; 

REGULAMENTO DAS FOTOS COM O PERSONAGEM
•    Às sextas, aos sábados e domingos, o evento conta com a presença do personagem em local específico para fotos;
•    Para participar da sessão de fotos com o personagem, os visitantes deverão se apresentar na bilheteria do evento com 30 minutos de antecedência de cada sessão, em uma fila exclusiva;
•    Os visitantes deverão preencher uma ficha de cadastro e retirar o vale-foto;
•    O personagem permanece cerca de 30 minutos no local para atender as 30 crianças que portarem o vale-foto da sessão;
•    É obrigatória e limitada a presença de no máximo 1 (um) acompanhante, maior de idade, por criança portadora do seu respectivo vale-foto;
•    O registro da foto é de responsabilidade dos participantes (acompanhante responsável);
•    Cada sessão tem limitação máxima de 30 crianças;
•    O acompanhante é o único responsável pela criança e pela execução da foto;
•    Não é permitida a entrada de animais;
•    Não é permitido a entrada de crianças com alimentos e bebidas, bem como chicletes e balas;
•    Não é permitida a entrada de carrinhos de bebê. Estes deverão permanecer estacionados do lado de fora do evento. Não nos responsabilizamos por nenhum objeto deixado nos carrinhos;
•    A simples participação no evento expressa plena concordância com os termos acima estipulados; 
•    O vale-foto é válido para uma única vez e somente para sessão descrita no vale ou indicada pela equipe;
•    As atividades são conduzidas por uma equipe treinada. Aqueles que não acatarem as orientações passadas por eles não poderão permanecer no evento. 
PROGRAMAÇÃO:
Sextas-feiras
Dias: 30/8, 6/09 e 13/09.
Sessões: 15h, 16h30, 18h e 19h30.
Sábados
Dias: 31/8, 7/9 e 14/9.
Sessões: 15h, 16h30, 18h e 19h30.
Domingos
Dias: 1/9, 8/9 e 15/9.
Sessões: 15h, 16h30, 18h e 19h30.

Evento Especial de Setembro
Dia 13/09 (sexta-feira)
Festa dos Super-Heróis
- Com a banda Alecrim e presença do Homem de Ferro, Homem Aranha, Capitão América, Batman e Hulk;
* A criança que for fantasiada de super-herói tem 20% de desconto na permanência.
Horário: das 18h às 20h.
Programação!
01/09 - A dança da Margarida com a Turma do Mickey.
08/09 - Teatro com a Bailarina e Soldadinho de Chumbo.
15/09 - Dora, a aventureira.
22/09 - Show musical com a Galinha Pintadinha.
29/09 - Teatro com Ben 10 e sua turma.
*Todas as atrações acima são covers.
 
O Parquinho Infantil funciona de Segunda a Sexta, das 12h às 21h
E Sábado e Domingo, das 11h às 21h.
R$ 12,00 reais a primeira meia hora de permanência/criança
R$ 8,00 reais a cada meia hora ou fração adicional  de permanência /criança
R$ 5,00 reais acrescido durante as apresentações do parquinho/criança