Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

domingo, 25 de novembro de 2012

Dor

Não sei bem o que dói, mas dói.
Em medicina aprendemos a diferenciar a dor somática da dor visceral. Aquela que discriminamos perfeitamente onde incomoda, daquela que dói, por dentro, espalhada. A minha dor não se aponta com dedo, seu local se mostra com toda a mão espalmada, tentando não deixar de fora nenhum cantinho de dor.
Dói no peito, peito de mãe, e irradia para todo o corpo.
Essa dor vem e vai. Ameniza com abraço e beijo, porém melhor resposta analgésica se tem com sorriso de filho. Aquele de brilhar os olhinhos e ilumina o lugar.
Infelizmente, a piora é precipitada por tantas outras coisas...
Escolher escola, escolher período de estudo, escolher atividades extra curriculares, escolher o castigo a ser aplicado, escolher as palavras durante a conversa séria, escolher o programa de domingo, escolher levar ou não levar consigo, ir ou não ir, escolher a babá, escolher trabalhar ou não. Depois surgirão outras... Sempre existirão as escolhas. Entregar ou não a chave do carro, dar ou não a mesada, aprovar ou não a escolha da profissão, falar ou não sobre aquela namorada.
Cada escolha é uma dor. Dor de querer acertar. De ver que a vida é curta e que você tem que estar ali. A resposta do acerto e do erro a vida que traz. O dia-a-dia mostra falhas e ajustes a serem feitos. Você vai moldando sua vida, encaixando novos projetos e torcendo para que o destino jogue a seu favor. Pois claro, não podemos esquecer que mesmo quando se faz tudo sob medida, vem o inesperado, a fatalidade, e lhe arranca o chão.
O preço é alto para  se ser mãe. Tanto amor não viria de graça. Por isso que dói.
Invejo os tranquilos, os sem angustia, os de fé forte que conseguem entregar boa parte da responsabilidade das coisas da vida a algo superior.
Invejo os que levam a maternidade de forma mais leve. Eu não, eu sinto o peso, e este faz doer. Mas não por isso deixo de sentir os prazeres que os filhos trazem, na verdade, acho que ganho em dobro: felicidade de mãe e alívio da dor!
E viva a maternidade leve, sem culpas e com uma boa dose de sorte nas caminhadas. E viva as escolhas, pois pior ( muito pior) seria ter poucas a fazer na vida.

2 comentários:

  1. Iusta, tudo bem?
    Por favor, estava navegando na net, e achei um post seu, onde vc entrevistou uma pessoa chamada Patricia que foi para a Disney agora em Outubro e contratou uma babá lá, será que vc me da o contato dessa patricia? Eu vou agora em Dezembro para orlando, e o visto da minha babá foi negado, estou desesperada, quem sabe a Patricia não me indica alguém? Muito obrigada desde de já .
    Meu e-mail é liza@lizabaroudi.com.br Bj. Liza

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Liza, passei seu email para ela ( Patricia Mesquita Vilas Boas - vc pode procura-la no facebook tb). beijos.

      Excluir